Andei estudando um pouco sobre administração e aprendi que as empresas (organizações de pessoas com um mesmo objetivo) só existem para suprir determinadas necessidades dos clientes (roupas, alimentos, seguros...). A empresa, por sua vez, existe para suprir uma necessidade própia que seria a de subexistência, sobrevivencia no mercado.
Pensando assim percebi que só se vende algo se houver necessidade daquele produto ou serviço por terceiros. Logicamente, o valor agregado do que se pretende vender será de acordo com a dificuldade de realiza-lo e de acordo com a necessidade do cliente (lei da oferta e procura).
Para ilustrar, imagine que você resolveu montar uma barraquinha que vende água no meio da avenida brasil. Ok, talvez com muito custo você consiga sobreviver mas fato é que não consiguirá vender sua água por mais do que 2 reais. Ninguém no meio da cidade vai pagar mais do que isso por um pouco de água! Mas e se você for para o deserto do Saara? Lá o valor de seu produto será maior já que é algo raro e poderá prosperar facilmente.
Beleza, mas pq diabos eu to falando essa babozeira?
É porque, de repente, encherguei o motivo dos conhecimentos mais abstratos, como a filosofia, serem tão malvistos pela sociedade. (não digo que é verdade, mas é meu ponto de vista) Vejo a filosofia como um conhecimento individual e espiritual que só pode ser adquirido através do esforço própio e interesse. É um conhecimento que não visa, na maior parte das vezes, suprir a necessidade do próximo, mas sim uma necessidade do conhecimento de si mesmo.
Como não há modo de vender o conhecimento filosofico em barraquinhas, não há demanda (ela existe diferenciadamente em cada um, mas não entre dois seres. Eles podem aprender simultaneamente mas será um aprendizado individual, usando o outro como fonte de comparação.) portanto não há valor (material) para defini-lo.
Passei a imaginar o mundo como um grande Saara com pessoas sedentas de sabedoria, sede que não mata, passando diante várias barraquinhas filosóficas e vivendo alienadamente por entre os formigueiros.